sábado, 14 de julho de 2007

Racionais MCs tocam para platéia de classe média em SP

"Hoje eu sou ladrão, artigo 157, as cachorras me amam os playboys se derretem". Com essa frase, da música Eu Sou 157, os Racionais MCs subiram ao palco do Urbano Club, por volta das 2h da manhã deste sábado. O público, formado em sua maioria por jovens de classe média, pagou até R$ 150 para ver o show.

KL Jay, Edy Rock, Ice Blue e Mano Brown mostraram as músicas de seus discos, promovendo o CD e DVD ao vivo 1000 Trutas, 1000 Tretas, lançado no mês passado.

Mano Brown, o líder do grupo, subiu ao palco de boné e moleton com gorro, declamando suas letras que tratam dos problemas raciais e da injustiça social. Seguido por um grupo de outros rappers, que ficaram nas laterais do palco, Brown chamava a todo momento seus "parceiros": "Vamos ocupar todos os espaços, é só chegar".

O repertório do show que durou quase duas horas foi composto em sua maioria por músicas do último álbum de inéditas do quarteto, o duplo Nada Como Um Dia Após Outro Dia. Negro Drama, Vivão e Vivendo e Jesus Chorou, foram cantadas em coro pela platéia. Em 1 por Amor, 2 por Dinheiro, Brown chamou ao palco Rappin Hood e Tati Quebra-Barraco, que estavam assistindo ao show em um dos camarotes.

Clássicos do grupo como Diário de um Detento, Um homem na estrada e Capítulo 4, Versículo 3 ficaram de fora do repertório escolhido para a noite. Os pontos altos foram as duas partes de Vida Loka, a música mais conhecida do último trabalho.

Cantada em uníssono por todos os presentes, Vida Loka Parte 2 - que encerrou a apresentação - teve direito a um banho de champanhe e uma chuva de papel picado prateado.

Sem o discurso feroz de antigamente, Mano Brown estava bem humorado e não parecia nem um pouco constrangido de estar tocando para uma platéia formada em sua maioria por "playboys", classe que ele ataca em várias de suas letras.

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